Defuntos : Os Suplícios de uma Triste Lembrança

Black Avantgardiste / Portugal
(2009 - Necromancer Records)
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Les paroles


1. FERIDAS QUE NUNCA SARAM

Durante horas peregrino para uma direcção condenada
Vendo paisagens falecendo no horizonte, tão turvas que me cegam
No pensamento vagueio imaginado como será o fim
Talvez o princípio de algo nunca acabado, nunca escrito
Sob o tecto que me guarda, alimento-me de tragédias
Descanso numa paz que me engana, que me corrói
Longos monólogos deixam a agonia penetrar, para durar
De diferentes formas, observo aquilo que me dói e admiro
O deleite com feição de carne e pureza
Caminho em tempos envelhecidos e ruínas, na presença de figuras tranquilas
Em montanhas sombrias e lagos vazios o toque natural revela-se
O atrito de algo nunca atingível... o odor de algo memorável
Imperfeições sangrentas abatem esta existência fútil
Estruturas frágeis e únicas enegrecem e balançam a vontade de viver
Com a corda na mão, decido o final
Olhos nos olhos, a fortaleza cai sem se levantar, sem reagir
Imune ao momento, a Morte marcha sem olhar para trás
Sinto lamentos interiores no seio do mundo, sentidos por mim,
não vistos por ninguém
Os tempos vindouros perturbam o calado eternamente com tristeza
A mágoa finalmente chegou...


2. FRĺGIDAS MEMÓRIAS DE UMA NOITE PERENE

Por entre cantos arrasto o meu cadáver
Deslizo para o abismo, para o fim
Sempre com reflexões de desespero e tormento
Sem conhecer o verdadeiro sentido da minha natureza
Anseio a morte vinda de outras veias
Desencontro-me de raras emoções, longínquas como o meu passado
No silêncio da noite, suspiros trazem inícios de dor
Insatisfação e desgosto perduram durante longas jornadas
Pequenas porções da eternidade, fragmentam-se…
Ventos distantes tornam-se no meu refúgio, o meu abrigo
A tua sepultura é a minha alma
Memórias sinistras aclamam para sair dum interior vazio
Lembranças que poderiam ser eternas
Como a Morte é na desconhecida perspectiva da vida
Olho para o que poderia sentir, impossível de atingir
Um fardo que carrego com custo, que me eleva ao sofrimento
Espreito através do castanho dominante, uma luz que me cega
Atinjo o precipício da desolação interior
Junto ao fogo, aguardo com sacrifício para que este não fuja
Nada fica para sempre, apenas a dor que me corrói
A dor que me corrói intensamente...
Partilhei a minha alma com a sua beleza, mas a vida traiu-me...
Afundo-me sem esperança...

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